Os Efeitos de uma Alimentação Rica em Óleo de Palma em Obesos

por Lucas de Araujo Silva Barros, Glauciane Lacerda Miranda e Caroline Ruffo de Souto Monteiro Nunes Fogassa

Trabalho concluido em 2020

RESUMO

O óleo de palma é comumente utilizado em alimentos industrializados, em especial os ultraprocessados. Devido a associação da ingestão de alimentos ultraprocessados e o aumento significativo da obesidade no mundo, este estudo teve o objetivo de verificar os possíveis efeitos do óleo de palma na saúde do obeso. Para a realização desse estudo, foi elaborada uma revisão de literatura nos bancos de dados científicos PubMed, Scielo, Google Scholar e uso de livros acadêmicos. Os artigos encontrados indicaram uma possível relação entre o uso de óleo de palma e o aumento da resistência insulínica em obesos, assim como aumento do colesterol (HDL e LDL). O estudo concluiu que o óleo de palma, comumente consumido através dos alimentos ultraprocessados em indivíduos com excesso de peso pode ter uma possível associação no desencadeamento da resistência insulínica e alterações no perfil lipídico, no entanto, existem poucos estudos relacionados a essa população e mais estudos são necessários.

Palavras-chave: óleo de palma; obesidade; ácido palmítico; alimentos industrializados; doenças crônicas.

INTRODUÇÃO

O óleo de palma bruto (OPB) é derivado da polpa do fruto da palmeira Elais guineensis, mais conhecido no Brasil como Dendezeiro, tem origem Oeste-Africana, sendo Malásia e Indonésia os maiores produtores de OPB no mundo, cerca de 86% da produção mundial 1,2

As características sensoriais do OPB não são agradáveis à indústria alimentícia pelo sabor picante, odores e a cor avermelhada 2,3,4, por essa razão, o OPB é refinado através de processos químicos ou físicos, que contribuem para a redução de carotenoides, antioxidantes, fosfatídeos e promove um óleo de sabor suave, sem odor e mais claro 5.

Após o refinamento, o óleo de palma (OP) é dividido em frações líquidas (oleína de palma) e sólidas (estearina da palma), em seguida, essas substâncias são aplicadas a diversos produtos alimentícios processados e ultraprocessados 6.

A compra e consumo de alimentos processados e ultraprocessados alcança proporções significativas das calorias diárias da população mundial entre jovens e adultos, cerca de 57,5% das calorias ingeridas pelos americanos é proveniente de ultraprocessados, 53% no Reino Unido, 45% no Canadá, 29,8% no México, 29,1% na França, enquanto no Brasil, 30% 7,8,9,10,11. Alguns autores ressaltam que o consumo de alimentos ultraprocessados apresenta forte relação com a prevalência do sobrepeso e obesidade em mais de 80 países 12,13, 14,15

A obesidade é uma doença multifatorial, normalmente ocasionada pela hipertrofia de adipócitos através do consumo exacerbado de calorias, sendo caracterizada como o índice de massa corpórea maior ou igual a 30kg/m2 16. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mais de 2 bilhões de pessoas estão com sobrepeso, das quais 670 milhões são obesas. A ausência de tratamento adequado à obesidade pode proporcionar o desenvolvimento de outras doenças crônicas e distúrbios metabólicos 18,19,20,21,22.

O presente estudo tem como objetivo avaliar os efeitos do consumo de óleo de palma no aumento do risco de doenças crônicas em obesos.

 

METODOLOGIA

O presente estudo é fundamentado por uma revisão bibliográfica qualitativa, utilizando-se das bases de dados científicos: PubMed, Scielo, Google Scholar e livros acadêmicos. Como critério de inclusão, os artigos de revisão literatura, revisões bibliométricas, estudos clínicos, meta análises com informações sobre obesidade, alimentos processados e ultraprocessados, óleo de palma e ácido palmítico nos idiomas português e inglês, publicados nos últimos 5 anos. Os critérios de exclusão foram artigos de opinião, e os que não tinham correlação com a obesidade. Palavras chave: óleo de palma (palm oil); obesidade (obesity); ácido palmítico (palmitic acid); alimentos processados e ultraprocessados (processed and ultra-processed food); doenças crônicas (chronic diseases).

 

RESULTADOS

Óleo de palma 

O ácido palmítico é um ácido graxo saturado encontrado em maior quantidade no óleo de palma, alcançando 44% de sua totalidade 23.  A associação entre o consumo de gorduras saturadas e doenças cardiovasculares é constantemente discutida na literatura há alguns anos 24,25,26. Em relação ao ácido palmítico, é observado que altas concentrações séricas do ácido graxo saturado é comumente mais elevado em indivíduos com doença arterial coronária 27,28.

O desencadeamento de ações pró-inflamatórias como TNF-a e IL-1β provenientes do ácido palmítico pode ser associado ao desencadeamento da síndrome metabólica 29,30. Nos estudos em animais, é observado que o consumo do ácido graxo saturado pode promover o acúmulo de colesterol em partículas de lipoproteínas de baixa densidade 31 e desregulação da autofagia mediada reduzindo a sensibilidade à insulina nas células neuronais hipotalâmicas em animais 32.

 

Obesidade

Um dos aspectos mais importantes da obesidade é o acúmulo de gordura visceral, por comprometer a saúde de órgãos e ter correlação com a síndrome metabólica, constituída por um conjunto de doenças como a dislipidemia, hipertensão e hiperglicemia 33,34,35,36.

A ausência de um tratamento adequado sobre a obesidade, aumentam as chances de o indivíduo desenvolver Diabetes Mellitus tipo 2, devido a hiperinsulinemia ocasionada pela alimentação rica em carboidratos simples e gorduras saturadas que contribuem para a resistência insulínica 18,19,20 principal distúrbio que conecta a obesidade e a diabetes 37.

No que se refere a doenças respiratórias, a obesidade pode induzir o desenvolvimento de asma com um fenótipo de difícil controle 38 e hipercapnia (presença excessiva de dióxido de carbono no sangue) diurna, derivado de alterações no sistema respiratório devido a obesidade 39.

A respeito das doenças cardiovasculares, estudos demonstram que o grau de obesidade e o tempo em que a pessoa está acima do peso induz o prognóstico de doenças cardiovasculares 40, mesmo estando metabolicamente saudáveis 41, pois a obesidade pode aumentar a mortalidade por doenças cardiovasculares direta ou indiretamente 22.

 

CONSUMO DE ÓLEO DE PALMA E OBESIDADE

Estudos em humanos

Apesar da carência de artigos, as evidências sobre a promoção da resistência insulínica mediada pelo consumo do OP são relevantes, uma vez que atua diretamente nas citocinas pró-inflamatórias interleucina-1β, interleucina-6 e TNF-a 6,42 e atinge as células beta pancreáticas nos seres humanos 43. Em relação ao Diabetes Mellitus Tipo 2, os estudos apontam que o ácido palmítico é um importante mediador para crescimento de DM2 na obesidade 6,42,44.

O aumento do LDL e colesterol total está presente em alguns estudos em humanos 45,46,47, porém o estudo de Teng et al., (2017) mostrou que o consumo de uma dieta rica em ácido graxo saturado (ácido palmítico) aumentou os níveis de HDL em indivíduos com excesso de peso, quando comparado a outros óleos. Os desenvolvimentos de doenças cardiovasculares como aterosclerose e lesão miocárdica também tiveram ligação com a ingestão de OP na obesidade 45,49,50.

 

Estudos em animais

A resistência insulínica por meio do ácido palmítico não foi observada em animais com excesso de peso 46,51. De acordo com Syed et al., (2018), os ácidos hidroxiestáricos do ácido palmítico possuem efeitos antidiabéticos, atuando na tolerância à insulina. O trabalho de Olabiyi et al., (2019) também foi verificado efeitos positivos do óleo de palma na diminuição da glicose sanguínea em ratos obesos com diabetes mellitus tipo 2. No entanto, o consumo de óleo de palma pode aumentar a expressão de citocinas pró-inflamatórias que dão origem ao diabetes mellitus tipo 2 e também estão associados ao risco aumentado de desenvolver hipercolesterolemia e lesões miocárdicas 47,50.

 Ainda sobre análises em animais, Fotschki et al., (2020) concluíram que ratos obesos alimentados com óleo de palma obtiveram um aumento significante de HDL em comparação aos ratos alimentados com óleos ricos em ômega-3. Em contrapartida, o consumo do óleo por roedores também pode elevar os níveis de colesterol total46.

Embora alguns estudos possam indicar uma melhora na glicose sérica em animais, uma opção plausível para a ausência de menções sobre a resistência insulínica seria que o óleo de palma é ofertado de forma íntegra nos experimentos em animais, diferente dos estudos nos humanos, em que o óleo ingerido é proveniente de outros alimentos como os ultraprocessados, que por sua vez é constituído por uma grande quantidade de açúcares, gorduras e aditivos que podem influenciar no resultado final dos estudos aplicados em obesos e influenciar no desencadeamento de resistência insulínica. Diante disso, ainda são necessários mais estudos em humanos que possam utilizar o óleo de palma de forma íntegra como parte da dieta do indivíduo, preferencialmente de forma suplementada, uma vez que a palatabilidade pode não ser agradável ao grupo submetido ao estudo e aumentar a margem de desistência.

 

CONCLUSÃO

O consumo do óleo de palma cresceu significativamente através dos alimentos ultraprocessados em pessoas com excesso de peso, os artigos sugerem uma possível ligação da ingestão do óleo de palma com a resistência insulínica que detém a capacidade de desencadear o Diabetes Mellitus Tipo 2. O principal fator para o acometimento destes distúrbios é o ácido graxo saturado ácido palmítico. Alguns artigos divergem entre o aumento do HDL e LDL, no entanto, pode-se concluir que em todos os artigos referentes as mudanças no perfil lipídico houveram alterações no colesterol total, podendo ser fundamentado pela presença do ácido palmítico no óleo de palma. Os estudos que apresentam o desenvolvimento de doenças cardiovasculares por intermédio do óleo de palma são justificáveis pela alta quantidade de gordura saturada que o óleo é constituído. 

Por não haver uma quantidade considerável de artigos disponíveis sobre o assunto direcionados para essa população, ainda são necessários mais estudos sobre a ingestão do óleo de palma, com ênfase no ácido palmítico, e seus efeitos sobre a obesidade. 

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Informações sobre o trabalho

Lucas de Araujo Silva Barros

Faculdade – Nutrição – UNICBE

contato: lucas.nutrir@gmail.com

 

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